segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Demora no reforço da Defesa Civil ameaça SC


O reduzido número de funcionários e a falta de capacitação das equipes da Defesa Civil, principalmente das cidades do interior, tornam mais difícil o enfrentamento dos fenômenos climáticos. Com isso, planos de emergência ficam fragilizados e o recomeço em caso de tragédias pode ser ainda mais lento.O drama com o tornado enfrentado pelos moradores de Guaraciaba, no Extremo-Oeste, evidenciou ainda mais essas dificuldades.Além da Defesa Civil Estadual, cada município deveria contar com a sua Defesa Civil. A estrutura é necessária na prevenção dos desastres e também quando eles são inevitáveis. Mas o comum nas cidades é a comunidade arregaçar as mangas.Sediada em Florianópolis, a Defesa Civil Estadual tem 41 funcionários, cedidos da Polícia Militar, Bombeiros e outros órgãos do Estado.A direção reconhece que a quantidade não é a ideal, mas garante que está preparada. Seus recursos dependem das taxas de segurança pública.O governador Luiz Henrique da Silveira pretende transformar a Defesa Civil Estadual (hoje considerada departamento) em Secretaria de Estado. Para isso, um projeto de lei será enviado à Assembleia. Ele a considera tão importante quanto a saúde, a segurança e a educação. Luiz Henrique também deverá autorizar um concurso público com 46 vagas para tornar efetivos os seus funcionários.Outra iniciativa será deslocar o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Ciram) para a Defesa Civil – hoje vinculado à Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural.Só 30% dos municípios têm estrutura atuanteO discurso da Defesa Civil em cada município não está alinhado com o do Estado. A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) diz que o incremento dessas equipes nas cidades é essencial, mas reconhece que os prefeitos não têm dinheiro para isso.A Defesa Civil Estadual estima que apenas 30% entre as 293 cidades contam com Defesa Civil atuante. Ou seja, capaz de garantir de forma rápida a cobertura de emergência.– A maior dificuldade é fazer com que as defesas municipais funcionem como se espera que uma Defesa Cicil realmente funcione.– Só 30% estão preparadas, com técnicos treinados para atender a população e prontos para encaminhar a documentação que garanta os recursos – alerta o major Emerson Emerim, secretário-executivo da Defesa Civil estadual.Ele cita como exemplo positivo Blumenau, Rio do Sul, Jaraguá do Sul e Joinville, onde há funcionários efetivos da Defesa Civil, que não depende de trocas de governo. Já houve casos de decretos de emergência sem a documentação necessária, como a que comprova os prejuízos com o desastre. Sem validade, o ato impede repasse de recursos à população.

Fonte: Jornal Diário Catarinense

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